Live from Abbey Road. Programaço. Sâo colocados alguns artistas nos estúdios de Abbey Road, que pra quem não sabe, gravou um dos álbums mais lendários da história da música chamado Abbey Road (¬¬) dos Beatles, pra gravar algumas músicas ao vivo, afinal, quem sabe faz ao vivo e também rola uma entrevista com os caras, e mostra alguns pedaços delas. Tô vendo um nesse exato momento.
Começou com o John Mayer, que gravou Belief, Gravity e Vultures, as duas últimas, por sinal, são as melhores dele na minha opinião. Gravity em especial. Ela é de uma densidade, mas ao mesmo tempo de uma simplicidade que poucos foram capazes de sintetizar, musicalmente falando. Musicalmente os caralhos... Artisticamente falando em geral. E ele falando de Gravity foi exatamente o que eu acho da música. Ela não é uma música ridícula, tecnicamente falando. Ela é em 6/8, intenção menor. É um blues com um V meio cagado. Mas mesmo assim, ele disse que o que podia ser feito e foi deixado de lado é algo absurdo, e eu acredito nele! É assim que se faz música boa! O cara é um puta músico, tem um domínio perfeito da linguagem, mas tem noção do que é necessário e desnecessário ao montar uma música. Lindo.
Depois veio o Richard "Bitter Sweet Symphony" Ashcroft, e adivinha qual música ele gravou? Ta-dah. Mas o problema dele não foi nem a música, até porque eu gosto, mas sim a colocação dele. Ele falou que gosta das limitações musicais dele. Já começou errado. O cara vive da música e mais nada. E gosta de ser burro no ganha pão dele. É quase o cara ser cirurgião e falar, "ah, eu gosto de saber cortar, mas sutura nem é minha praia não...". Basicamente o cara tem medo de conhecimento. Foi ridículo. Mas aí o gênio foi terminar a frase dele. "Eu acho que a minha limitação musical faz com que a a minha ingenuidade seja latente na música." Aí que eu vi que ele tinha muito o que aprender com músicos de verdade, como tantos de soul music, John Coltrane e o nosso amigo John Mayer. Pra começar, nenhum conhecimento é demais. Mas afirmar que a qualidade da música dele tá calcada na falta de conhecimento dele? Eu acho um pouco demais... Acho meio complicado esses caras que acham que a música é só pegar o violão e fazer uma coisa que grude na cabeça. É muito mais do que isso. É um trabalho tanto emocional quanto técnico. Você tem que dominar a linguagem pra entender o que tá fazendo, e ao mesmo tempo você tem que traduzir o que te impulsiona a fazer a arte. São pessoas que nem o Richard "Bitter Sweet Symphony" Ashcroft que acabam por dar uma fama muito ruim aos bons e dedicados músicos. Vejam o Eric Clapton. Ele não teve uma formação oficial de música, mas ele era uma pessoa disciplinada e que treinava todo dia. Chegou a se mudar com o Mayall só pra ficar tocando Blues o dia inteiro (e usar umas droguinhas)! Então é por isso que eu devo mandar o Richard Ashcroft tomar no cu!
E depois ainda veio a Norah Jones pra completar o que eu tava pensando. Uma mulher sem virtuose, apenas com ótima noção do que fazia, conseguia construir melodias lindas e totalmente simples, que iam direto no coração. E sem contar que ela é linda e filha do Ravi Shankar (informação recém adquirida). Contudo, ela tem uma formação, ou seja, ELA ESTUDOU!!!!
Músicos do mundo, por favor, não sejam bostas que nem o Ashcroft e ignorem a educação musical. Não cuspam no prato que vocês comem, queridos.
domingo, 28 de dezembro de 2008
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Regina Belle
Hoje o post vai ser de recomendação musical. Tava feliz e contente andando pela internet, e nem lembro como, quando e porque baixei o álbum de uma mulher chamada Regina Belle. Acho que foi porque me disseram que ela tinha uma ótima versão de "Try a Little Tenderness" do Otis Redding. Bom, nem preciso falar que ela é um musicão, porque afinal é Otis Redding, e ele é pica das galáxias na Motown! Soul feelingzão! Mas enfim, acabei baixando o álbum da mulher que tinha a música. O álbum se chama "Lazy Afternoon". Me assustei... Ela consegue fazer uma mistura inexplicável de Vocal Jazz e Soul, tem uma voz extremamente potente, faz diálogos com os instrumentistas... Algo de sensacional. Mas nada supera a experiência de ouvir "Corcovado" com ela... É, aquela do Tô Joba. É algo de INCRÍVEL. Incrível no sentido mais incrível da palavra! É realmente difícil de crer no que você ouve! A atmosfera bossa da música, quando choca com o R&B pegadão é absurdo! Eu tava ouvindo essa música na rua, e comecei a andar no ritmo da música... Inevitável! Ainda tem aquele coro Gospel fazendo um back (que por sinal é muito bem composto) que te deixa de cara. Ela é uma diva pop-soul-funk-jazz-fuckin'awesomeohyeah! Sensacional. E o melhor é ela conversando com a banda no meio das faixas! É lindo! É muito James Brown!
Gosta de Pop? Soul? Jazz? Funk? Acid-Jazz? Gospel? R&B? Ouça! E me avise o que achou!
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Hermenêutica
Inspirado em http://wagnerebeethoven.blogspot.com/. Feito em conjunto com meu irmão siamês Bruno, que aliás é a pessoa que está postando aqui a mesma coisa que ele postou em seu blog: (http://brunomarconiblog.blogspot.com/), apenas mudando o nome da parceria!
:D
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Mais uma vez ele se deita no escuro do seu quarto, que ilumina as sombras do seu consciente. Sabendo que não será sucedido na tarefa de dormir, ele tenta lembrar músicas e/ou rascunhar conhecimentos vãos na tentativa de se esquiver dos seus pensamentos, já que não pode ligar o som alto nos seus ouvidos. Mais uma vez, a sua única saída é gastar sua caneta tinteiro num papel, formando palavras malditas ou malescritas, na desenfreada fuga de si mesm. Assim ele poderia encarar o monstro que se tornava. Não fora uma metamorfose kafkiana, que seria algo bem mais suportável. Na verdade, durante 20 anos da sua vida o monstro espreitara a sua sombra, se encolhera em suas lembranças, se esgueirara em seus pensamentos. Vivera cada segundo de sua vida junto à ele, e a cada momento que se passava, era ele que vivia mais a mercê do monstro. Era uma simbiose perfeita, calcada na falta de equilíbrio entre as suas existências. A unidade dos seres era plena, e a aversão crescia e era algo intrínseco a sobrevivência de ambos. O ódio recíproco, a ojeriza que aumentava a cada minuto da existência compartilhada. Apesar de não provarem o être do outro, sentiam-se, como a mão sente o saco preto de lixo da cozinha, e tal antipatia os alimentava nesse embate entre eles.
Cansado, sem conseguir fechar os olhos, foi ao banheiro e mirou o espelho. Merda! Ele se tornara ele mesmo.
Cansado, sem conseguir fechar os olhos, foi ao banheiro e mirou o espelho. Merda! Ele se tornara ele mesmo.
Frases fodas.
As quatro frases mais fodas do mundo em português:
"Mais fácil aprender Japonês em Braile." (Djavan)
"Ou o pau quebra ou o cu rasga." (Sabedoria Popular)
"Prefiro ver o filme do Pelé." (Chapolin)
"Contei minha história pro carroceiro, até a mula chorou."(Sabedoria Popular)
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Melhor frase em francês:
"Alors, aurez une bonne récrèation et sorter préfèrablement par la fenêtre."(Pauliunga, ex-professor meu.)
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Melhor frase em inglês:
"Fuck the fuckin' fuckers." (Aquele audiozinho da internet.)
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Frase pra terminar o post:
"Foda é transar na rede."(Sabedoria popular.)
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Feliz dia do Samba, PORRAAAAAAA!
"Mais fácil aprender Japonês em Braile." (Djavan)
"Ou o pau quebra ou o cu rasga." (Sabedoria Popular)
"Prefiro ver o filme do Pelé." (Chapolin)
"Contei minha história pro carroceiro, até a mula chorou."(Sabedoria Popular)
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Melhor frase em francês:
"Alors, aurez une bonne récrèation et sorter préfèrablement par la fenêtre."(Pauliunga, ex-professor meu.)
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Melhor frase em inglês:
"Fuck the fuckin' fuckers." (Aquele audiozinho da internet.)
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Frase pra terminar o post:
"Foda é transar na rede."(Sabedoria popular.)
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Feliz dia do Samba, PORRAAAAAAA!
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Amo
Eu te amo.
Mas não amo porque te amo, muito menos sei quanto ou como te amo.
Apenas e simplesmente te amo.
Amo de um jeito intransitivo, sem razões e sem razão.
Amo sem querer nem poder.
Amo para o seu bem e para o meu viver.
Amo na ausência, e amo ainda mais na volta.
Amo a saudade, amo a presença.
Amo cada sorriso, amo a cada olhar.
Amo cada "sim", amo cada "não".
Amo amar.
Amo ao escovar os cabelos, ao sentar no sofá, (a)o olhar baixo ao andar.
Amo muito cada sorriso e cada olhar.
Amo a inspiração, amo a expiração, amo a transpiração.
Amo os brincos, os lábios crispados, o cordão.
Amo o seu jeito de andar, de falar.
Amo o seu jeito.
Amo ao dormir, amo ao acordar.
Amo.
Mas não amo porque te amo, muito menos sei quanto ou como te amo.
Apenas e simplesmente te amo.
Amo de um jeito intransitivo, sem razões e sem razão.
Amo sem querer nem poder.
Amo para o seu bem e para o meu viver.
Amo na ausência, e amo ainda mais na volta.
Amo a saudade, amo a presença.
Amo cada sorriso, amo a cada olhar.
Amo cada "sim", amo cada "não".
Amo amar.
Amo ao escovar os cabelos, ao sentar no sofá, (a)o olhar baixo ao andar.
Amo muito cada sorriso e cada olhar.
Amo a inspiração, amo a expiração, amo a transpiração.
Amo os brincos, os lábios crispados, o cordão.
Amo o seu jeito de andar, de falar.
Amo o seu jeito.
Amo ao dormir, amo ao acordar.
Amo.
domingo, 9 de novembro de 2008
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Uníssono
Uma característica marcante dos formandos de 2005 era a frequente entoação de gritos de guerra. Não foi uma única vez que a minha turma ouviu professores dissertarem sobre a impossibilidade da formulação de uma única frase completa sem que uma das palavras viesse acompanhada de uma manifestação em uníssono em resposta, seguidas de sonoras gargalhadas do Leporace, que iniciavam um pequeno período de euforia.
Nunca entendi porque nossos gritos de guerra eram tão malvistos pelos nossos mestres, afinal eles só demonstravam a união dos alunos. Ninguém pede silêncio durante o Hino Nacional. Quando centenas de torcedores começam a esgoelar-se cantando músicas de apoio ao seu time, não vejo ninguém no estádio reclamando que quer ouvir o jogo. Acho extremamente improvável que Paul McCartney, ao coro da platéia no final de Hey Jude, peça um pouco de paz pra afinar o seu "la la la". Se todos têm seu modo de expressão sonora, por que não podíamos ter o nosso?
Sem contar que nossos gritos não apenas explicitavam a nossa união, mas também eram homenagens a nossos colegas. Na turma 31, que era onde eu estudava, cada um, em sua maioria, tinha um som ou palavra característica, e sempre que houvesse alguma alusão a ela, por mais singela que fosse, seria seguida de uma sincera manifestação de afeto ao companheiro de turma. Obviamente, sem nenhuma intenção de de exposição ao ridículo. Não existia sacanagem entre colegas de turma. Para citar alguns exemplos, posso falar das incessantes do sobrenome do Sobral cada vez que aparecia um triângulo na lousa, ou algo que nos remetesse ao físico musculosso do mesmo, os gritos de "DE-MÔ-NIO" sempre que houvesse alguma conversa que adentrasse o assunto da religião. Mas nenhum marcou tanto quando o grito que era dirigido ao João Gabriel.
Pensando sozinho eu lembrei que esse costume de espasmos sonoros unidos remete a tempos primários. Literalmente. Na verdade, as manifestações conjuntas era um comportamento observado desde que eu cheguei no colégio. Na quarta série, assim que eu cheguei, inventaram a brincadeira das bombas, que se passava assim: aproveitando a organização digna de um professor primário no que se diz ao ritual de como começar a aula, que se inicia pelo modo de apagar o quadro-negro, desenhávamos uma bomba, de preferência, com um pavio brm grande, que cruzasse o quadro todo. Quando o professor começasse a apagar o pavio, a turma toda batia nas mesas, até o apagador encontrar a bomba, que explodia junto com a turma, em meio a gritos e a uma imensa algazarra. Na quinta série, a tradição de externalização do pensamento coletivo começou com o grito "MILKY!", cuja origem é desconhecida por mim. Eu mesmo era alvo constante das chacotas uníssonas da turma através da repetição com uma voz fina. Sem nenhuma intenção de chacota, como sempre. Musiquinhas também foram criadas para ser cantadas pelas turmas, mesclando a nossa capacidade de paródia e domínio da linguagem musical. Chegado o Ensino Médio, a palavra de ordem era simplicidade. O nosso poder de sintetização era tamanho que através de uma única palavra podíamos dizer muito mais do que mil imagens, o que dava margem para a criação de inúmeras manifestações que eram injustamnete malquistas por nossos professores.
O ponto é que a entoação desses gritos eram muito mais do que uma simples zoação entre um bando de homens que não precisavam se fingir de sérios, ou ao menos de pouco babacas para as meninas. Eram sinal de uma notória cumplicidade que havia se instalado entre aqueles que se esgoelavam juntos, afinal, os mesmos que passavam manhãs, tardes e sábados gritando, sairiam nos sábados à noite juntos e continuariam juntos em mesas de bar, compartilhando histórias novas ou lembrando das antigas. Eram esses que não entregariam o amigo quando este fizesse uma merda, e o mesmo também se entregaria a partir do momento que isso fosse prejudicar a turma. A expressão de que todos estávamos unidos vinha em situações que muitos podem ver como afrontas à autoridade opressora, mas, na verdade, isso tudo era resultado dos laços criados após anos de convivência dentro de um espaço favorável para seu fortalecimento. Sempre que gritávamos juntos no meio de uma aula, na verdade estávamos explicitando uma faceta que na verdade era um legado beneditino, que é a cumplicidade. Essa que se extende não só aos que se formam juntos, mas também a todos que se formam naquela mesma instituição. Não foram poucas as vezes que eu ouvi portas de estágios se abrirem quando o entrevistado comunicava que havia se formado no São Bento, já que o entrevistador também estudara lá. Eu mesmo já ganhei Red Label e Absolut de graça em um churrasco devido a contatos beneditinos.
Uma vez a Eulália, salvo engano, nos disse que os alunos do São Bento formavam uma máfia, de modo que sempre que um de nós conquistávamos um lugar, a presença de outros era questão de tempo. Eu nunca duvidei disso, pois eu tinha noção da competência das pessoas que dividiriam a educação beneditina comigo, contudo, não tinha noçã da extensão da rede que eu tinha me inserido. Por essas e outras eu me lembro da turma gritando "João-Ga-Bguiel", mas, na verdade, vejo vários olhando para o mesmo futuro.
Nunca entendi porque nossos gritos de guerra eram tão malvistos pelos nossos mestres, afinal eles só demonstravam a união dos alunos. Ninguém pede silêncio durante o Hino Nacional. Quando centenas de torcedores começam a esgoelar-se cantando músicas de apoio ao seu time, não vejo ninguém no estádio reclamando que quer ouvir o jogo. Acho extremamente improvável que Paul McCartney, ao coro da platéia no final de Hey Jude, peça um pouco de paz pra afinar o seu "la la la". Se todos têm seu modo de expressão sonora, por que não podíamos ter o nosso?
Sem contar que nossos gritos não apenas explicitavam a nossa união, mas também eram homenagens a nossos colegas. Na turma 31, que era onde eu estudava, cada um, em sua maioria, tinha um som ou palavra característica, e sempre que houvesse alguma alusão a ela, por mais singela que fosse, seria seguida de uma sincera manifestação de afeto ao companheiro de turma. Obviamente, sem nenhuma intenção de de exposição ao ridículo. Não existia sacanagem entre colegas de turma. Para citar alguns exemplos, posso falar das incessantes do sobrenome do Sobral cada vez que aparecia um triângulo na lousa, ou algo que nos remetesse ao físico musculosso do mesmo, os gritos de "DE-MÔ-NIO" sempre que houvesse alguma conversa que adentrasse o assunto da religião. Mas nenhum marcou tanto quando o grito que era dirigido ao João Gabriel.
Pensando sozinho eu lembrei que esse costume de espasmos sonoros unidos remete a tempos primários. Literalmente. Na verdade, as manifestações conjuntas era um comportamento observado desde que eu cheguei no colégio. Na quarta série, assim que eu cheguei, inventaram a brincadeira das bombas, que se passava assim: aproveitando a organização digna de um professor primário no que se diz ao ritual de como começar a aula, que se inicia pelo modo de apagar o quadro-negro, desenhávamos uma bomba, de preferência, com um pavio brm grande, que cruzasse o quadro todo. Quando o professor começasse a apagar o pavio, a turma toda batia nas mesas, até o apagador encontrar a bomba, que explodia junto com a turma, em meio a gritos e a uma imensa algazarra. Na quinta série, a tradição de externalização do pensamento coletivo começou com o grito "MILKY!", cuja origem é desconhecida por mim. Eu mesmo era alvo constante das chacotas uníssonas da turma através da repetição com uma voz fina. Sem nenhuma intenção de chacota, como sempre. Musiquinhas também foram criadas para ser cantadas pelas turmas, mesclando a nossa capacidade de paródia e domínio da linguagem musical. Chegado o Ensino Médio, a palavra de ordem era simplicidade. O nosso poder de sintetização era tamanho que através de uma única palavra podíamos dizer muito mais do que mil imagens, o que dava margem para a criação de inúmeras manifestações que eram injustamnete malquistas por nossos professores.
O ponto é que a entoação desses gritos eram muito mais do que uma simples zoação entre um bando de homens que não precisavam se fingir de sérios, ou ao menos de pouco babacas para as meninas. Eram sinal de uma notória cumplicidade que havia se instalado entre aqueles que se esgoelavam juntos, afinal, os mesmos que passavam manhãs, tardes e sábados gritando, sairiam nos sábados à noite juntos e continuariam juntos em mesas de bar, compartilhando histórias novas ou lembrando das antigas. Eram esses que não entregariam o amigo quando este fizesse uma merda, e o mesmo também se entregaria a partir do momento que isso fosse prejudicar a turma. A expressão de que todos estávamos unidos vinha em situações que muitos podem ver como afrontas à autoridade opressora, mas, na verdade, isso tudo era resultado dos laços criados após anos de convivência dentro de um espaço favorável para seu fortalecimento. Sempre que gritávamos juntos no meio de uma aula, na verdade estávamos explicitando uma faceta que na verdade era um legado beneditino, que é a cumplicidade. Essa que se extende não só aos que se formam juntos, mas também a todos que se formam naquela mesma instituição. Não foram poucas as vezes que eu ouvi portas de estágios se abrirem quando o entrevistado comunicava que havia se formado no São Bento, já que o entrevistador também estudara lá. Eu mesmo já ganhei Red Label e Absolut de graça em um churrasco devido a contatos beneditinos.
Uma vez a Eulália, salvo engano, nos disse que os alunos do São Bento formavam uma máfia, de modo que sempre que um de nós conquistávamos um lugar, a presença de outros era questão de tempo. Eu nunca duvidei disso, pois eu tinha noção da competência das pessoas que dividiriam a educação beneditina comigo, contudo, não tinha noçã da extensão da rede que eu tinha me inserido. Por essas e outras eu me lembro da turma gritando "João-Ga-Bguiel", mas, na verdade, vejo vários olhando para o mesmo futuro.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Modas, mesas e regras
Não diferente de vários colégios, no Colégio de São Bento existiam os ciclos de modinhas. Quando entrei lá, eu encarei essa realidade logo de cara. Meus primeiros dias como um beneditino foram marcados por olhares de repreensão por ser novo e péssimo jogador e entendedor de "tecobol". Tecobol, na verdade, era um jogo bem simples, que consistia em dar petelecos em uma moeda, de preferência de cinco centavos, geralmente emprestada pelo Edson ou pelo Marquinhos (que geralmente não eram devolvidas) na tentativa de fazer gols dentro de uma tábua repleta de parafusos que simbolizavam os jogadores de um time de futebol. Não era minha culpa se eu não conseguia apreender a dinâmica do jogo. Eu, carne nova no pedaço, ainda não entendia como funcionava a mente distorcida de um garoto nativo. Por isso eu não via porque um simples jogo que era facilmente explicado por "petelecos em direção ao gol" tinha que ser complicado com regras como "carregão só na área de defesa" ou "escanteio são oito toques". Mas ainda bem que a minha chegada coincidiu com o final dessa modinha, que emendou logo na volta dos RPG's, moda ditada pelos intocáveis alunos do 2º grau.
Esse exemplo foi só para mostrar como se davam as modinhas no colégio, que serviam geralmente para substituir o futebol quando esse era impossibilitado, seja pelo curto tempo disponível, como os almoços 11h30 (malditos sejam!), ou pelo clima desfávorável, ou ainda porque a bola fora isolada para a Marinha ou para a floresta. Meus pais diziam que essas modinhas serviam para gastar o dinheiro contado do mês com coisas inúteis, como cards, game boys, livros, etc. Eram pouquíssimos aqueles que, até a sétima série, trocavam o futebol do recreio do almoço por uma dessas atividades alternativas, e eu devo dizer que eu o fazia algumas poucas vezes, por não ser um bom jogador de futebol. As únicas ocasiões que era permitido matar o futebol eram nas épocas de prova, quando todos iam para um lugar que julgassem mais calmo dentro da imensidão do espaço escolar, então começava um desesperado estudo de véspera. Tal expressão era levada a um novo nível, já que os beneditinos não estudavam de véspera, mas sim de última hora. Última, no sentido mais imediato e desesperador da palavra. Excetuando-se situações como essas, o recreio do almoço destinava-se ao futebol e ao modismo da estação.
Contudo, entre tantas modas que se passaram, nenhuma me deixa tão saudosista quanto o Tablebol. Tablebol com letra maiúscula mesmo. Não com minúscula que nem o tecobol, porque o Tablebol era esporte quase olímpico e de uma classe digna de hipismo. Devo dizer que ele me fascina principalmente pelo caráter enigmático e misterioso que rondava o esporte. Até hoje eu reflito sobre o Tablebol com a mesma expressão de quando ouço o Obscured by Clouds do Pink Floyd. Nâo se sabe quem foi que criou o jogo, nem em que circunstância ele foi criado. Só se sabe que estava lá. O jogo é basicamente uma mistura de vôlei com tênis de mesa. Uma saudável disputa entre dois atletas ou duas duplas em cima de uma mesa circular que era dividida em dois semi-círculos com giz roubado de sala, que logo depois era utilizado para ser tacado no seu amigo. Então a bola começava a ser estapeada de um lado para o outro num rally em busca do ponto, alcançado sempre que a bola quicava duas vezes na mesa adversária ou quando a mesma quicava uma vez na mesa e a outra no chão.
Não posso esquecer de falar do outro grande mistério em torno do Tablebol: as mesas. Ninguém, que eu saiba, conseguiu descobrir direito o que aquelas eram de verdade. Sugeriu-se que fossem simples bancos, mas esses eram ásperos demais, e eu creio que isso seria tamanha maldade com os fundilhos dos alunos e também com as mães que teriam que costurar as calças rasgadas. Acho que as especulações minimamente plausíveis terminavam por aí. Agora começava a sacanagem inerente a qualquer menino de 12 anos. Já me disseram que era uma série de OVNI's pousados na Terra, o sistema de segurança máxima do colégio, entre outros. Uma vez lembro que suspeitei que era a saída de ar do pátio do quarto andar, então fui até aonde eu calculei ser a tal "saída de ar" e soltei belos flatos cujo odor forte vieram da comida do refeitório, enquanto um amigo averiguava se o cheiro era sentido de perto das mesas. Infelizmente, o experimento foi mal-sucedido.
Como já era de se esperar, vendo o novo jogo, os alunos começaram a criar variações para o Tablebol. Afinal, como no futebol, deviam existir vários modos de jogo que pudessem a se adequar aos vários momentos da longa estadia escolar. O futebol se desmembrava em: dois toques, golzinho, golzinho de praia, cruzamento, porradobol (o jogo mais bárbaro e anárquico), entre outros. O Tablebol começou a sofrer suas variações, como os diferentes tipos de bola, como a de tênis (a original), a de frescobol (só para profissionais, por quicar mais), a de vôlei e a de basquete (Tablebol Extreme). Sem contar as modalidades indoor, como o na mesa da sala, usando apenas o estojo como linha divisória da mesa, e também só valendo um toque, porque a mesa era menor. Mas nada supera o Tablebol na mesa do professor, que era o mais transgressor, por consequente, era o mais divertido. Além dos desvios do padrão, começou logo a criação de inúmeras regras, do mesmo modo que fizeram com o tecobol. "Não vale carregar", "Sem cantinho nem casquinha", "Não vale cortar - salvo o jogo com a bola de basquete"," saque com efeito não precisa cruzar", e principalmente a regra de ouro: quem desrespeitasse as regras contínuamente teria de resolver tudo na porrada logo após o sinal de alerta, o que também era corriqueiro em todos os esportes, e em todos os recreios.
Isso tudo me faz pensar. O Colégio de São Bento tem uma fama de ser uma instituição que preza por uma educação rígida e regrada, e isso é bem verdade, mas não é o que diferencia isso dos outros, já que muitos têm uma ótima escolarização. O aluno do São Bento gosta de regras. Mais do que isso. Ele necessita de regras, sejam elas criadas por ele ou não (vide as regras de convívio do colégio), não para que sejam seguidas, e sim para serem transgredidas. Afinal, tudo que é prazeroso vem com um pouco e culpa para um bom católico, e nada é mais prazeroso do que uma bela cortada com bola de frescobol, ou dar um teco a mais enquanto seu oponente desfia um belo papo.
Acho que o Tablebol foi uma fuga à regra do futebol, por um tempo.
Esse exemplo foi só para mostrar como se davam as modinhas no colégio, que serviam geralmente para substituir o futebol quando esse era impossibilitado, seja pelo curto tempo disponível, como os almoços 11h30 (malditos sejam!), ou pelo clima desfávorável, ou ainda porque a bola fora isolada para a Marinha ou para a floresta. Meus pais diziam que essas modinhas serviam para gastar o dinheiro contado do mês com coisas inúteis, como cards, game boys, livros, etc. Eram pouquíssimos aqueles que, até a sétima série, trocavam o futebol do recreio do almoço por uma dessas atividades alternativas, e eu devo dizer que eu o fazia algumas poucas vezes, por não ser um bom jogador de futebol. As únicas ocasiões que era permitido matar o futebol eram nas épocas de prova, quando todos iam para um lugar que julgassem mais calmo dentro da imensidão do espaço escolar, então começava um desesperado estudo de véspera. Tal expressão era levada a um novo nível, já que os beneditinos não estudavam de véspera, mas sim de última hora. Última, no sentido mais imediato e desesperador da palavra. Excetuando-se situações como essas, o recreio do almoço destinava-se ao futebol e ao modismo da estação.
Contudo, entre tantas modas que se passaram, nenhuma me deixa tão saudosista quanto o Tablebol. Tablebol com letra maiúscula mesmo. Não com minúscula que nem o tecobol, porque o Tablebol era esporte quase olímpico e de uma classe digna de hipismo. Devo dizer que ele me fascina principalmente pelo caráter enigmático e misterioso que rondava o esporte. Até hoje eu reflito sobre o Tablebol com a mesma expressão de quando ouço o Obscured by Clouds do Pink Floyd. Nâo se sabe quem foi que criou o jogo, nem em que circunstância ele foi criado. Só se sabe que estava lá. O jogo é basicamente uma mistura de vôlei com tênis de mesa. Uma saudável disputa entre dois atletas ou duas duplas em cima de uma mesa circular que era dividida em dois semi-círculos com giz roubado de sala, que logo depois era utilizado para ser tacado no seu amigo. Então a bola começava a ser estapeada de um lado para o outro num rally em busca do ponto, alcançado sempre que a bola quicava duas vezes na mesa adversária ou quando a mesma quicava uma vez na mesa e a outra no chão.
Não posso esquecer de falar do outro grande mistério em torno do Tablebol: as mesas. Ninguém, que eu saiba, conseguiu descobrir direito o que aquelas eram de verdade. Sugeriu-se que fossem simples bancos, mas esses eram ásperos demais, e eu creio que isso seria tamanha maldade com os fundilhos dos alunos e também com as mães que teriam que costurar as calças rasgadas. Acho que as especulações minimamente plausíveis terminavam por aí. Agora começava a sacanagem inerente a qualquer menino de 12 anos. Já me disseram que era uma série de OVNI's pousados na Terra, o sistema de segurança máxima do colégio, entre outros. Uma vez lembro que suspeitei que era a saída de ar do pátio do quarto andar, então fui até aonde eu calculei ser a tal "saída de ar" e soltei belos flatos cujo odor forte vieram da comida do refeitório, enquanto um amigo averiguava se o cheiro era sentido de perto das mesas. Infelizmente, o experimento foi mal-sucedido.
Como já era de se esperar, vendo o novo jogo, os alunos começaram a criar variações para o Tablebol. Afinal, como no futebol, deviam existir vários modos de jogo que pudessem a se adequar aos vários momentos da longa estadia escolar. O futebol se desmembrava em: dois toques, golzinho, golzinho de praia, cruzamento, porradobol (o jogo mais bárbaro e anárquico), entre outros. O Tablebol começou a sofrer suas variações, como os diferentes tipos de bola, como a de tênis (a original), a de frescobol (só para profissionais, por quicar mais), a de vôlei e a de basquete (Tablebol Extreme). Sem contar as modalidades indoor, como o na mesa da sala, usando apenas o estojo como linha divisória da mesa, e também só valendo um toque, porque a mesa era menor. Mas nada supera o Tablebol na mesa do professor, que era o mais transgressor, por consequente, era o mais divertido. Além dos desvios do padrão, começou logo a criação de inúmeras regras, do mesmo modo que fizeram com o tecobol. "Não vale carregar", "Sem cantinho nem casquinha", "Não vale cortar - salvo o jogo com a bola de basquete"," saque com efeito não precisa cruzar", e principalmente a regra de ouro: quem desrespeitasse as regras contínuamente teria de resolver tudo na porrada logo após o sinal de alerta, o que também era corriqueiro em todos os esportes, e em todos os recreios.
Isso tudo me faz pensar. O Colégio de São Bento tem uma fama de ser uma instituição que preza por uma educação rígida e regrada, e isso é bem verdade, mas não é o que diferencia isso dos outros, já que muitos têm uma ótima escolarização. O aluno do São Bento gosta de regras. Mais do que isso. Ele necessita de regras, sejam elas criadas por ele ou não (vide as regras de convívio do colégio), não para que sejam seguidas, e sim para serem transgredidas. Afinal, tudo que é prazeroso vem com um pouco e culpa para um bom católico, e nada é mais prazeroso do que uma bela cortada com bola de frescobol, ou dar um teco a mais enquanto seu oponente desfia um belo papo.
Acho que o Tablebol foi uma fuga à regra do futebol, por um tempo.
domingo, 28 de setembro de 2008
PORRAAAAAAA ou No 225
Lendo um livro que continham crônicas que remetiam diretamente a uma rotina que eu me submeti durante um bom tempo da minha vida, tanto em qualidade quanto em quantidade, me voltou aquela necessidade de me exprimir me utilizando de letras em um papel. Não em um papel, mas sim em uma tela de computador. Tinha me esquecido o quão bom é jogar algumas palavras e organizá-las em um texto. Mas junto dessa necessidade, veio comigo uma clássica dúvida que permeia por todos os cronistas: sobre o que falar hoje? Destarte, vieram vários assuntos e ao mesmo tempo nenhum a minha cabeça. E até agora não tenho nenhuma idéia de assunto a tratar, afinal boa crônica é aquela que surge do ócio e da reflexão sobre o cotidiano. Foi assim que cheguei aqui em casa e resolvi juntar algumas letras. Sentei-me em frente ao computador, peguei um dicionário, que eu nem sei se vai ser utilizado, fiz uma playlist no Windows Media Player com Chico Buarque, Jacques Brel, Frank Sinatra e Otis Redding, e aqui estamos.
Não é nada mal começar pelo começo. Hoje estava eu no ônibus voltando da Barra, absorto na leitura que já disse acima, então um simpático velhinho sentou ao meu lado e quis puxar um papo, perguntando o que eu lia. Eu não sei porque, mas a maioria das pessoas olham para mim e tem uma falsa impressão de que eu sou simpático, enquanto apenas eu sei que eu sou apenas muito educado e não costumo deixar alguém falando sozinho, então para evitar essa situação que é um tanto chata, mas também sem puxar assunto para que eu pudesse ler meu livro em paz, eu respondi à simpática figura: “Eu estou lendo sobre a minha infância e a de outros que nasceram em 1983 pra cá.” Depois da resposta, o velhinho provavelmente se perguntara internamente da questionabilidade do meu estado de sanidade e queixara da nova juventude. Eu poderia responder que o livro que eu lia se chamava “Pula Pula Macacada, que amanhã não tem mais nada” e que dizia histórias de pessoas que sentaram nas mesmas cadeiras que eu sentei por oito anos da minha vida, e presenciaram vivências muito próximas das que eu vivi, e acima de tudo, sentiram muitas coisas que eu também senti, mas isso daria muito assunto e tudo que eu queria era um pouco de paz. Nada contra o sorridente senhor, mas não se deve incomodar alguém durante uma leitura ou uma audição de uma música. Entretanto, a pergunta do senhor e principalmente a minha resposta tinham me encucado com uma coisa: onde foram parar as minhas memórias? É fato que o jeito de como vivi desencadearam numa série de características que formularam o meu jeito de ser atual, mas onde foi parar o Kauê de cinco anos? E o de oito? E o de treze?
Depois que as minhas irmãs nasceram, eu voltei a viver uma infância. Duas, para ser mais exato. Na tentativa de mostrar para elas símbolos que me marcaram, acabei por relembrar e reviver muito da minha infância. Reli livros como “O Menino Maluquinho”, “ O Pequeno Príncipe”, tirinhas como as do Calvin e as do Charlie Brown, e vi assim que o tempo passou, todos essas marcas tiveram seu sentido mudados, mas sem perder aquele gostinho todo especial de infância. E assim relembrei de todos os Kauês que existiram até agora, e de todo o cenário que vinha junto a ele. Relembrar não. Eu revivi. Afinal, relembrar é viver duas vezes. E reviver isso faz com que tudo volte à tona, incluindo arrependimentos, saudades, felicidades e tristezas. No “Pula Pula Macacada”, a última crônica se chama “Valeu a Pena?” e o autor, que se eu não me engano é o Biules, ele se indaga e responde a pergunta-título no que refere ao estudar no Colégio de São Bento. Obviamente, eu também me fiz essa pergunta quando eu li o livro, mas agora, ao reler o livro algum tempo depois, eu me pergunto não só ao meu antigo colégio, mas sim a minha vida toda, tanto no momento que eu decidi aceitar minha família como minha quando era pequeno, quanto ao escrever esse texto nesse momento, ou até mesmo ao ter comido quatro pedaços de pizza fria agora a pouco. Mas não tenho coragem nem audácia de responder essa pergunta agora.
Agora, depois de já ter lido Carlos Drummond de Andrade, Veríssimo, Shakespeare, Durkheim, Rousseau, Marshall Sahlins, ouvido John Coltrane, Herbie Hancock, Stan Getz, Milton Nascimento, Tom Jobim e Chico Buarque, me lembro do garoto que leu “Guerra dos Botões” para o colégio ouvindo Foo Fighters e vejo que não existia como eles não se tornarem um, afinal ambos ainda compartilham sonhos, gostos, amores, sensações, e apesar deles não saberem, tem vezes que o menino sente o peso do mundo em cima das costas dele, e tem a força de um homem para segurá-lo, e o homem, quando é necessário, tem a inocência de um menino para agüentar os problemas do cotidiano. E ambos sempre tiveram a música e a escrita pra fugir.
E quem diria? Nós não precisamos nem do dicionário para escrever isso.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
28 anos.
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
27 de agosto: 18 anos sem SRV
Em 1990, o mundo disse adeus a um dos bluesmen mais truzões do renascimento do Chicago Blues na década de 80, um dos poucos produtores de bons timbres de guitarra durante a década perdida.
Stevie Ray Vaughan , guitarrista Texano começou a tocar em bandas com o seu irmão Jimmie Vaughan em bandas no Texas, até conseguir montar a sua própria banda, a Double Trouble, e conseguir alcançar o estrelato, dividindo-o com guitarristas como Eric Clapton e Jeff Beck. Ele, diferente da maioria dos guitarristas de Blues, não teve a sua vida marcada por uma quantidade absurda de acontecimentos tristes e\ou encontros com o sete-pele. Só teve o recorrente vício em drogas e álcool. Nada muito desviante do normal. Mas, infelizmente, ele teve uma morte catastrófica em um acidente de helicóptero, logo depois de um show com Clapton, Jimmie Vaughan, Buddy Guy e Robert Cray. Uma grande perda pro cenário mundial.
Musicalmente dizendo SRV bebeu diretamente na fonte do Chicago Blues, sendo apadrinhado pelo Albert King, mas também foi influenciado por artistas como Buddy Guy (POOOOORRRAAAAAAA!!!!) e Otis Rush. Mas também tinha uma paixão confessa pelo Jimi Hendrix e seus covers de "Little Wing" e de "Voodoo Child" são muito conhecidas, e muito boas. Ele era reconhecido também pelo timbre característico de sua guitarra, com o seu TubeScreamer e sua Fender Strato com cordas 0.13, além de sua pegada forte e agressiva, sem perder o swing, fazendo com que os guitaristas de Thrash oitentista parecessem violinistas tocando Pachabel.
Ele deixou um legado para todos aqueles que tocam Blues hoje, afinal todos querem uma Strato SRV, que vem fudida de fábrica, igual o baixo do Jaco Pastorius! Pra finalizar, vou deixar um vídeo do SRV tocando "Little Wing" do Hendrix, e de lambuja ainda tem um pedacinho de "Third Stone from the Sun" tambén do Jimi, só pra vocês!
Everyday I got the Blues, Yeah!
http://br.youtube.com/watch?v=zAG-kX_IlUw
Notícias de Hoje!
Lars Ulrich diz que largou a cocaína por causa do Noel Gallagher
"Você sabe, eu sou fanático por Oasis e Noel um dia falou: 'quer saber? Chega de cocaína' e eu pensei que se ele podia fazer isso, qualquer pessoa conseguiria", palavras do baterista do Metallica.
Lars, você continua viciado em uma droga.
Show do Gorillaz, PORRAAAAA!!!!!
O Gorillaz vai fazer show aqui no Brasil! Em Belo Horizonte lá num festival! Cara, eu sempre tive curiosidade de ver um show deles! Deve ser muito maneiro com aqueles telões, e o rap de mano do Russel, e a Noodles tocando guitarra pra caralho (not!)!!!!!! Se eu tiver dinheiro (not!³³³³) eu vou (NOOOOOOOOOOOOOOOOT!!!!!!!!)!
Katmandu tocando Jazzão, PORRA.
Pra quem não sabe, a Katmandu, um dos lugares favoritos de night dos lekes da noite carioca, toda quinta-feira tem um loungezinho, onde rola jazz pela módica quantia de 25 reais (¬¬) num lugar legal! Hoje tem um trio cuja formação é um teclado, um contrabaixo e um violoncelo, vão tocar versões Jazzy de músicas do Roberto Carlos, contando com uma cantora americana.
Local: Katmandu Club: Av. Epitácio Pessoa, 1484 - Lagoa
Horário: 21:00h
Outra música do nova do Metallica
Já tem outra música do Metallica na internet, chamada "My Apocalipse". E eles continuaram com a série de flashbacks, o que eu tenho muito medo que seja o carro chefe do novo álbum. Em "My Apocalipse", eles tentaram voltar ao thrash oitentista que eles eram, numa tentativa muito ruim de recriar "Fuel" e outros hits deles. Alguém poderia dizer pra eles que eles tão meio velhos pra ficarem no "Mamãe, sou thrash metal". É isso que dá ter um integrante da banda que gosta de Oasis!
Beijos, Abraços e Viva o Som!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Voltei pra ficar, porraaaaaaaaaaaa!
Meninas e meninos, back in black!
Vamos às notícias de hoje!
Semana que vem chega às lojas o CD novo do Marcelo Camelo!
A galera que se amarra em Losa vai poder ouvir o tão esperado trabalho do Camelo, que não aparecia na TV desde a sua super aparição no acústico da SandyJunior! Uhul.
Bom, eu li no MPB Player, blog da Globo Online, que semana que vem o álbum novo dele, chamado "Sou", tá nas lojas, e ele tá bem no formatinho das músicas fofas do 4. Violãozinho de Nylon, um Rhodes pra dar aquele clima fofo, bateria e percussão pra dar aquele clima Cariocaribenho, e agora o que vai deixar ninguém bolado, a não ser eu! O baixista é o Alberto Continentino! Aquele baixista IRADO que tocava com o Ed Motta na época do Poptical! O cara tocava um Jazzão Funkão boladaçoaço! Interessantíssimo. Quero muito ver qual vai ser o resultado disso. Por enquanto, foi liberada apenas uma música do "Sou", chamada "Doce Solidão". Tem assobiozinho e os caralho, o vocal ruim do Camelo que é IRADO.
Quem quiser ouvir, é só clicar em: javascript:NewWindow('http://www.oglobo.com.br/cultura/audio/2008/7542/','audiovideo',720,580,'no','no'); .
Led Zeppelin cagou pra bicha do Plant e monta material novo!
Será? Será que a banda mais foda do mundo vai fazer material novo? Depois do show da Arena O2, ficamos um semestre inteiro ouvindo milhões de especulações em volta do retorno ou não do Led Zeppelin. O Bonhamzinho já falou pra imprensa que ele, o Page (Robert) e o Jones tão testando material novo! Agora a pergunta é: será que ele é de qualidade? E enquanto isso, o Plant tá lá brincando de cantar com a Alisson Krauss. Não que ela seja ruim, mas eles são o Led Zeppelin...
Vai aí um vídeo da Krauss com o Plant. Qualquer semelhança do Page com o guitarrista do clipe talvez não seja mera semelhança!
http://br.youtube.com/watch?v=eYZhjLrSbUw
Metallica lança material novo!
Depois do fiasco do St. Anger, o Metallica volta com mais um álbum de estúdio. O nome dele é "Death Magnetic", e ele, segundo o grupo, ele é sobre talentos do rock que se vão cedo demais, como o Kurt Cobain, Layne Staley, entre outros. Já está na internet o primeiro single deles, "The day that never comes". A música não é ruim, mas eles tentaram forçar um formatinho de guitarra limpa-guitarra suja-solo-instrumental, que já deu certo tanto com eles tanto com outros.... Devo dizer que me soou um tanto forçado, mas já é infinitamente melhor do que o St. Anger. Agora só precisamos esperar o resto do álbum sair pra saber como ficou!
Pra ouvir o "The day that never comes", é só clicar em: javascript:NewWindow('http://www.oglobo.com.br/cultura/audio/2008/7542/','audiovideo',720,580,'no','no'); .
Dica do dia!!!!!!
A dica do dia é ouvir Train! Um pop extremamente bem feito, com boas letras e harmonias mais lindas ainda! Conhecida como one-hit-wonder pelo "Drops of Jupiter", que é uma música extremamente linda, essa banda de São Francisco apostou em uma musicalidade de extremo bom gosto que partiu da banda, com várias músicas ótimas, como "She's on Fire" e "Calling All Angels". Altamente recomendado.
O link é o vídeo de "Drops of Jupiter" mesmo, até porque essa música é linda, fofa e agora que eu entendi a música! Ela é sobre a morte da mãe do vocalista, que veio em sonho pra ele falando o começo da música! Lindo isso! É quase "Yesterday"! Chorei litros!
http://br.youtube.com/watch?v=4xXQFnIEf_Q
Fica a dica!
Viva o som!
Vamos às notícias de hoje!
Semana que vem chega às lojas o CD novo do Marcelo Camelo!
A galera que se amarra em Losa vai poder ouvir o tão esperado trabalho do Camelo, que não aparecia na TV desde a sua super aparição no acústico da SandyJunior! Uhul.
Bom, eu li no MPB Player, blog da Globo Online, que semana que vem o álbum novo dele, chamado "Sou", tá nas lojas, e ele tá bem no formatinho das músicas fofas do 4. Violãozinho de Nylon, um Rhodes pra dar aquele clima fofo, bateria e percussão pra dar aquele clima Cariocaribenho, e agora o que vai deixar ninguém bolado, a não ser eu! O baixista é o Alberto Continentino! Aquele baixista IRADO que tocava com o Ed Motta na época do Poptical! O cara tocava um Jazzão Funkão boladaçoaço! Interessantíssimo. Quero muito ver qual vai ser o resultado disso. Por enquanto, foi liberada apenas uma música do "Sou", chamada "Doce Solidão". Tem assobiozinho e os caralho, o vocal ruim do Camelo que é IRADO.
Quem quiser ouvir, é só clicar em: javascript:NewWindow('http://www.oglobo.com.br/cultura/audio/2008/7542/','audiovideo',720,580,'no','no'); .
Led Zeppelin cagou pra bicha do Plant e monta material novo!
Será? Será que a banda mais foda do mundo vai fazer material novo? Depois do show da Arena O2, ficamos um semestre inteiro ouvindo milhões de especulações em volta do retorno ou não do Led Zeppelin. O Bonhamzinho já falou pra imprensa que ele, o Page (Robert) e o Jones tão testando material novo! Agora a pergunta é: será que ele é de qualidade? E enquanto isso, o Plant tá lá brincando de cantar com a Alisson Krauss. Não que ela seja ruim, mas eles são o Led Zeppelin...
Vai aí um vídeo da Krauss com o Plant. Qualquer semelhança do Page com o guitarrista do clipe talvez não seja mera semelhança!
http://br.youtube.com/watch?v=eYZhjLrSbUw
Metallica lança material novo!
Depois do fiasco do St. Anger, o Metallica volta com mais um álbum de estúdio. O nome dele é "Death Magnetic", e ele, segundo o grupo, ele é sobre talentos do rock que se vão cedo demais, como o Kurt Cobain, Layne Staley, entre outros. Já está na internet o primeiro single deles, "The day that never comes". A música não é ruim, mas eles tentaram forçar um formatinho de guitarra limpa-guitarra suja-solo-instrumental, que já deu certo tanto com eles tanto com outros.... Devo dizer que me soou um tanto forçado, mas já é infinitamente melhor do que o St. Anger. Agora só precisamos esperar o resto do álbum sair pra saber como ficou!
Pra ouvir o "The day that never comes", é só clicar em: javascript:NewWindow('http://www.oglobo.com.br/cultura/audio/2008/7542/','audiovideo',720,580,'no','no'); .
Dica do dia!!!!!!
A dica do dia é ouvir Train! Um pop extremamente bem feito, com boas letras e harmonias mais lindas ainda! Conhecida como one-hit-wonder pelo "Drops of Jupiter", que é uma música extremamente linda, essa banda de São Francisco apostou em uma musicalidade de extremo bom gosto que partiu da banda, com várias músicas ótimas, como "She's on Fire" e "Calling All Angels". Altamente recomendado.
O link é o vídeo de "Drops of Jupiter" mesmo, até porque essa música é linda, fofa e agora que eu entendi a música! Ela é sobre a morte da mãe do vocalista, que veio em sonho pra ele falando o começo da música! Lindo isso! É quase "Yesterday"! Chorei litros!
http://br.youtube.com/watch?v=4xXQFnIEf_Q
Fica a dica!
Viva o som!
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