segunda-feira, 28 de maio de 2007


"E que eu, que me fiz poeta à sombra de tua ausência, possa esquecer que par délicatesse j’ai perdu ma vie."

Marcelo Bourscheid (adaptado)


Falam-me as rosas.
Me fazem chorar com suas palavras.
Dirigem a mim suas frases doloridas.

Os espinhos de uma linda rosa
Te fazem sangrar ao tocá-la.

Mantenho distância.
Mas seu odor me lembra o que me esforço pra esquecer.
Ludibriado pelo seu venenoso perfume,
Corto-me ao tentar me aproximar.
Acordo assim do maldito transe,
Com sangue escorrendo pelas mãos.
Junto ao meu corpo, meu o sangue tomba ao chão.







Ouvindo: Marvin Gaye - I Heard it Through the Grapevine





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