Texto que me foi apresentado pela Peps, e ilustrou perfeitamente algo que refletia há algum tempo.
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquetipo qualquer, mas pela pupila... Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante... A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos... Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo... Deles não quero resposta, quero meu avesso... Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim...Para isso, só sendo louco... Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças... Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta... Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria... Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto... Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade... Não quero risos previsíveis nem choros piedosos... Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça... Não quero amigos adultos nem chatos... Quero-os metade infância e outra metade velhice... Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou... Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril... "
Oscar Wilde
Ouvindo: Tin Pan Alley (AKA Roughest Place in Town) - Stevie Ray Vaughan